ÚLTIMAS-->Presas sofrem com falta de estrutura nas delegacias de Arapiraca


Conselheiras e advogadas visitaram prédios da cidade
O Conselho da Secretaria Municipal da Mulher e um grupo de advogadas de Arapiraca realizaram nesta quinta-feira, 23, visitas a delegacia da Mulher e a Central de Polícia, localizadas nos bairros do Centro e Baixão. O Minuto Arapiraca acompanhou o grupo nos dois locais.
 
A equipe, que tinha a frente Hyseth Santos, secretária municipal da Mulher, e a presidente da Câmara Municipal, a vereadora Gilvânia Barros, visitou os dois prédios e constatou que em ambos existe uma série de irregularidades. 
 
A delegada Maria José Ferreira explicou que além da delegacia da mulher também funciona a delegacia de menores. A comitiva percebeu que não existe a possibilidade do prédio abrigar detentos de sexos diferentes.
 
“A situação é grave. As mulheres que são agredidas não recebem acompanhamento pela falta de estrutura. Impossível funcionar as duas delegacias no mesmo local”, afirmou a secretária Hyseth Santos.
 
A comitiva também visitou a Central de Polícia e se chocou com o que viu. No local, o grupo conheceu Alice Ferreira, 36 anos, presa há três semanas acusada de agredir a mãe. Ela divide uma cela de três metros quadrados com uma mulher conhecida como Viúva Negra, acusada de matar o ex-marido e de tentar executar o atual companheiro.
 
Revoltadas, as mulheres foram até a sala do delegado Izaias Rodrigues e contaram o que viram. Elas destacaram a necessidade da construção de um presídio exclusivamente para as presas. Por sua vez, o delegado disse que a situação é provisória, já que não existe um local para reclusão delas.
 
Alguns problemas são comuns nos imóveis, como péssimas condições estruturais, aglomeração de detentos, falta de banheiros e de alojamentos adequados. Além de ter que fazer as necessidades fisiológicas na própria cela, as detentas tomam banho com apenas dois litros de água, fornecidos em uma garrafa pet.
 
Depois das visitas, as conselheiras e advogadas se reuniram com o promotor do Ministério Público, Valter Omena, e o defensor público André Chalub, na sede do Fórum Estadual, e relataram as cenas mostrando as condições precárias nas quais as delegacias funcionam. 
 
Os dois se mostraram preocupados com a situação. Chalub contou aos presentes que já havia feito um pedido de interdição da delegacia da mulher.
 
Agora, o grupo de mulheres vai fazer um dossiê para ser entregue as autoridades competentes.
POR: MINUTO ARAPIRACA 

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