Após dois meses, família de servidor público assassinado cobra elucidação do crime
Faixas foram espalhadas pela cidade cobrando uma resposta
“60 dias sem você, Marcolino Júnior! Queremos uma resposta”. Com este apelo, familiares do servidor público assassinado a tiros em 01 de abril, no estacionamento do Centro Administrativo de Arapiraca, espalharam cinco faixas pela cidade, no último sábado (01), cobrando a elucidação do crime.Para o sobrinho do funcionário público, o advogado Raphael Correia Cajueiro, 25 anos, a família não quer saber o motivo pelo qual José Marcolino Júnior foi morto para a partir daí pedir justiça. “O prazo do inquérito já venceu e até agora nenhum informação foi dada”, afirmou. “A gente não quer que o crime fique sem solução”, complementou.
Por meio de uma rede social, Cajueiro fez um desabafo: “O mal da sociedade é a impunidade. A medida que o homem pratica um ato ilícito e não é punido corretamente, outros crimes serão cometidos, pois o exemplo correto não foi exposto para que outros delitos não sejam praticados. Espero que neste caso o exemplo seja dado, que além de elucidado os fatos, seja feito justiça, para que não tenhamos mais outros ‘Marcolino Júnior’”.
Apesar da reclamação da falta de informações por parte da família, o secretário estadual de Defesa Social, Dário César, disse no dia 21 de maio que o crime - cuja investigação está sob os cuidados da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil (Deic) – “está praticamente elucidado” e assegurou que “teríamos informações concretas em breve”. Porém, até o momento, nenhuma novidade foi divulgada. Ainda de acordo com César, “as investigações correm em sigilo”.
Servidor foi morto no estacionamento do Centro Administrativo
José Marcolino Júnior, de 41 anos, que era funcionário da Secretaria Municipal de Planejamento de Arapiraca, estava no estacionamento do Centro Administrativo, localizado no bairro Santa Edwiges, na manhã do dia 1º de abril, quando, segundo a Polícia Militar, foi abordado por quatro homens, que chegaram em um veículo Fiat Uno preto, placa MUN-2418, de Penedo .
Testemunhas disseram à PM que apenas um dos suspeitos desceu do carro e efetuou os disparos. Ele foi socorrido por colegas do trabalho e encaminhado, em seu próprio carro, para a UE do Agreste. O servidor foi atingido nas costas e na cabeça. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu.
Marcolino trabalhava como fiscal da Secretaria Municipal de Planejamento, era assessor parlamentar da vereadora Aurélia Fernandes e concunhado do secretário de Articulação Política do Estado, Rogério Teófilo.
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