Caso PC: ex-deputado Augusto Farias diz que não acredita na culpa de militares
Julgamento, que acontece em Maceió, começou com 2 horas de atraso
O ex-deputado Augusto Farias, em conversa com a imprensa minutos antes do início do julgamento do assassinato de seu irmão, Paulo César Farias, na tarde desta segunda-feira (06), disse que "os quatro policiais acusados pelo crime são inocentes e as famílias têm sofrido muito com tudo".
Apesar de breve, o ex-deputado se mostrou crente na Justiça. Aproveitando a oportunidade, Augusto Farias revelou que recebeu uma proposta dos delegados Alcides Andrade e Antônio Carlos para culpar os policiais pelo crime. "Eu não aceitei porque como ia ficar a minha consciência? Mas pela primeira vez revelo que isso aconteceu", complementou.
A entrevista foi encerrada quando um dos repórteres o questionou sobre a autoria do crime. Momento em que ele preferiu se afastar da imprensa.
Promotoria acredita na participação
Para o promotor Marcos Mousinho, os seguranças se omitiram no cumprimento do dever deles e por isso feriram o código penal. Ele acredita que os seguranças estão escondendo algo da história e afirmou que o Ministério Público vai colher informações que possam contribuir para a comprovação da autoria.
Julgamento começou com atraso
O julgamento começou às 15h; duas horas de atraso, no Fórum de Maceió. A primeira testemunhas, das 27 que serão ouvidas durante os próximos dias, foi o caseiro Leonino Tenório Carvalho. Ele disse que abriu a porta do quarto às 11h da manhã. Disse que não sabe quem havia jantado com PC Farias na noite anterior. Também não soube dizer quem falou a ele que o ex-tesoureiro quis acordar naquele horário.
Em seguida, disse que viu de vista o Dr. Luiz Romero. “O Augusto (Farias) era quem mais comparecia lá. O Cláudio, outro irmão, não aparecia muito na casa”, acrescentou. O caseiro disse que “todo mundo ficou arrasado porque era um cara muito bom”. Afirmou, ainda, que a esposa Elma Farias era quem administrava a casa.
Leonino Tenório Carvalho contou que não ouviu comentário algum sobre o crime. Só disse que viu os dois já mortos dentro do quarto. Ele relatou que não havia uma festa de São João na casa vizinha, durante a madrugada, e por isso não ouviu disparos de tiro.
POR: 7 SEGUNDOS